Ter um cantinho para chamar de seu é um sonho de muitos brasileiros. As incertezas da economia nacional e o crescente desemprego, entretanto, aumentaram as dúvidas em relação à casa própria. Afinal, o que é melhor, comprar ou alugar um imóvel?
Essa decisão não depende apenas de aspectos financeiros. Há outros fatores importantes que devem ser ponderados, como o momento profissional e as perspectivas de vida.
Você planeja mudar de cidade em pouco tempo? O emprego atual inspira confiança para assumir um financiamento a longo prazo? Concurseiros e profissionais suscetíveis a mudanças, por exemplo, devem ficar atentos a esses fatores.
No post de hoje, vamos apresentar algumas variáveis que devem ser avaliadas no momento da escolha. Acompanhe!
Quando o aluguel é a melhor opção
Uma das vantagens mais óbvias de optar pelo aluguel é que a quantia a ser paga de imediato é menor. Você pode não ter 150 mil para investir em um imóvel, mas pode ganhar pelo menos mil e quinhentos por mês para pagar o aluguel.
Para quem não quer lidar com bancos e correr os riscos inerentes ao empréstimo ou financiamento, o aluguel é certamente a melhor opção.
Economicamente falando, muitos defendem a tese de que é preferível poupar e investir o dinheiro que seria empregado em um financiamento imobiliário para viabilizar uma entrada maior no futuro, provocando, assim, uma redução no valor das parcelas.
Ao contrário da quitação de um empréstimo, o aluguel tem um período curto de duração. A melhor estratégia é trabalhar bem no contrato antes de assinar e se certificar de que a duração e as condições de rescisão sejam favoráveis.
Em diversos casos, principalmente em momentos de crise na economia, muitos locatários estão dispostos a oferecer taxas de rescisão mais baixas, ou até mesmo nulas, para garantir um período de aluguel.
Outro fator que pesa na hora de optar entre a compra ou aluguel do imóvel é o próprio estilo de vida de quem vai fazer a compra. Existem pessoas que têm a vontade de passar anos, ou até mesmo a vida toda, no mesmo lugar, enquanto outras preferem estar sempre se mudando.
Nesse último caso, o aluguel pode ser a melhor aposta, oferecendo mais liberdade e possibilidade de mobilidade até você decidir se instalar de maneira permanente em um lugar.
Por fim, ao contrário do que se pensa, a diferença entre o valor do aluguel e do financiamento pode ser significativa. Dependendo do padrão do imóvel escolhido, essa é uma estratégia que merece atenção.
Comprar é construir patrimônio
Por outro lado, a aquisição de um imóvel é também uma forma de aumentar o patrimônio, o que não ocorre no caso dos alugueis. Portanto, se as condições financeiras são favoráveis, investir no seu próprio apartamento pode ser a melhor opção.
No caso da compra, as parcelas que estariam sendo gastas com o aluguel são agregadas no valor de um bem que é seu. Isso quer dizer que cada centavo gasto no pagamento de parcelas, financiamento, e até mesmo de reformas e melhorias são todas formas de investimento e de garantir um retorno que nem precisa ser a longo prazo.
Uma boa vantagem da compra do imóvel é a redução no valor das parcelas no sistema SAC, normalmente adotado nos financiamentos imobiliários, o que garante um alívio financeiro no decorrer dos anos.
Alguns aspectos psicológicos também podem pesar a favor da opção pela compra. Privacidade, planejamento familiar, a possibilidade de investir em melhorias no imóvel e a própria concretização do sonho da casa própria são exemplos de fatores de âmbito pessoal que podem influenciar na escolha e não devem ser deixados de lado.
E importante também é a certeza de que você terá um lugar para morar mesmo em momentos de economia instável ou quando estiver passando por uma dificuldade financeira.
Consórcio de imóveis é alternativa
Entre comprar ou alugar um imóvel, uma terceira opção que pode ser interessante é o consórcio imobiliário. Essa alternativa é voltada especialmente para as pessoas que podem aguardar para efetuar a compra do bem. A grande vantagem, nesse caso, é que não há o pagamento de juros — é cobrada a taxa de administração, que deve ser verificada antes da adesão.
O consórcio é uma boa alternativa também para aqueles que enfrentam dificuldades em poupar dinheiro. Como as cotas devem ser pagas mensalmente, o produto acaba funcionando como uma espécie de “poupança forçada”.
Existem diferentes formas de decisão de quem vai ficar com o crédito da vez, e essas podem ser feitas por meio do lance fixo, do lance livre e do lance embutido.
No lance fixo, aquele que tiver o valor na poupança mais próximo da última sorteada, leva o crédito. É recomendável que o cotista junte pelo menos 25% do valor do imóvel para dar o lance e não depender da sorte.
Já no livre, a decisão funciona como um leilão, com os consorciados oferecendo dinheiro próprio como lances, sendo o maior aquele que fica com o crédito da vez.
Por último, o lance embutido funciona como o segundo, exceto pelo fato de que o cotista deve oferecer um percentual do crédito final como lance. Sendo assim, mais uma vez, quem oferece a maior quantidade a ser abatida do crédito final é selecionado.
Outra vantagem do consórcio é que, como a ideia é aumentar ao máximo o número de consorciados, a análise de crédito tende a ser mais flexível do que aquela praticada por bancos e outras agências financiadoras. Isso é interessante especialmente para pessoas que não possuem meios de comprovar uma renda fixa.
Como vimos, há vários fatores que influem diretamente na decisão de comprar ou alugar um imóvel. Seja qual for a sua escolha, é importante lembrar que a compra da casa própria deve ser muito bem planejada, evitando-se ao máximo as decisões por impulso.
Por fim, a verdade é que não existe uma opção certa ou errada, mas sim uma que melhor condiz com seu momento atual e suas perspectivas para o futuro. Por isso, é importante que essa decisão parta de você e não de outras pessoas que podem achar que sabem a melhor alternativa.
E aí, gostou das nossas dicas sobre comprar ou alugar um imóvel? Então assine nossa newsletter e fique por dentro das últimas novidades no setor imobiliário.