É possível comprar um apartamento com renda baixa? Entenda!

Você sonhava em iniciar uma vida à dois, mas teve que se contentar em morar com seus familiares por algum tempo? Então certamente você já pensou em adquirir o seu apartamento próprio, não é mesmo?

Muitas vezes, por conta dos baixos salários no início da carreira, o sonho do lar próprio acaba sendo adiado. Porém, ao contrário do que muitos imaginam, é possível comprar um apartamento com renda baixa.

Para realizar este sonho, é preciso traçar estratégias e ter bastante foco. Listamos a seguir algumas dicas que te ajudarão nesta jornada. Acompanhe!

Organize seu orçamento

Para comprar um imóvel, planejamento é a palavra de ordem. Planejar as suas finanças permite que você saiba exatamente o valor das suas despesas, receitas e o montante disponível para investir no apartamento próprio. O planejamento também vale para quem compra o imóvel à vista, uma vez que despesas como condomínio e IPTU serão permanentes.

Se você não tem controle do seu orçamento, não sabe exatamente quanto gasta por mês ou não consegue guardar dinheiro para realizar o seu sonho, é hora de arregaçar as mangas e mudar essa situação!

Confira o passo a passo para organizar as finanças pessoais de uma vez por todas:

Passo 1: Faça o diagnóstico da sua situação financeira

A melhor maneira de descobrir se a sua situação financeira permite a compra de um imóvel é anotando todos os seus rendimentos e despesas pelo período de um mês.

É possível relacionar todos estes dados manualmente — com o uso de planilhas eletrônicas no Excel — ou via gerenciadores financeiros gratuitos, disponíveis tanto em versão desktop quanto mobile.

Inclua despesas fixas, variáveis e supérfluas — mesmo valores pequenos, quando somados, podem desequilibrar o orçamento.

Passo 2: Descubra como reduzir os gastos

Com todos os seus dados financeiros em mãos, é hora de analisar suas despesas e descobrir como poupar para atingir seu objetivo de comprar um imóvel.

Reduzir os gastos pessoais para realizar um sonho de consumo mais caro depende de disciplina e persistência.

Existem inúmeras maneiras de gastar menos durante o mês fazendo algumas mudanças simples na rotina e nos hábitos de consumo. Você pode, por exemplo:

  • desligar todos os eletrônicos quando não estiverem em uso;
  • deixar o carro na garagem e utilizar transporte público ou bicicleta algumas vezes por mês;
  • reduzir ou cancelar pacotes de serviços pouco utilizados (celular, banda larga, TV por assinatura);
  • trocar o almoço em restaurante por comida feita em casa;
  • buscar opções de lazer de baixo custo ou gratuitas;
  • cancelar assinaturas de jornais ou revistas que você não lê;
  • evitar compras por impulso;
  • pagar todas as contas em dia para evitar multas e juros por atraso.

Passo 3: Crie metas mensuráveis

De nada adianta poupar dinheiro sem um objetivo claro e concreto. Para comprar um apartamento com renda baixa, é preciso planejar cada etapa e criar estratégias para fazer o salário render mais.

Suas metas devem ser específicas: quitar as dívidas em até 3 meses, economizar 20% do salário por 1 ano e poupar um determinado valor em até 6 meses, por exemplo. Apenas com metas claras é possível organizar o orçamento e conquistar a casa própria.

Comece a poupar e investir

Em objetivos de médio e longo prazo, como a compra de um imóvel, a regularidade é a chave do sucesso. Poupar com regularidade e constância é fundamental para acumular o valor necessário para a aquisição de uma casa ou apartamento.

Porém, deixar o dinheiro parado não é uma boa estratégia. Aplicar as somas poupadas é a melhor forma de fazer o dinheiro render e trabalhar a seu favor.

Existem diversas opções de investimentos disponíveis com valores iniciais acessíveis, mas é importante conhecer os riscos antes de fazer sua escolha. Fundos de renda fixa, títulos do Tesouro Direto e CDBs são boas opções para investidores iniciantes.

Escolha um imóvel compatível à sua possibilidade

Sabemos que existem apartamentos de vários padrões. Quanto maiores forem as dimensões e adicionais, como áreas de lazer e acabamento, mais altos serão os valores.

É essencial que você escolha um imóvel compatível com a sua renda, tornando possível o seu pagamento sem grandes apuros e dificuldades. Lembre-se: esta é uma aquisição que, muito provavelmente, te acompanhará por anos!

Além das questões financeiras, você deve considerar os seus planos futuros. Quando o cenário envolve um filho, é preciso voltar suas atenções a apartamentos com dois dormitórios e até uma área de lazer, por exemplo.

Além disso, existem algumas dicas que podem ajudar na hora de encontrar um imóvel que cabe no seu bolso. Apartamentos na planta, por exemplo, podem ser encontrados por valores atraentes, mas é preciso esperar até que a obra fique pronta.

Já imóveis que estão há mais tempo no mercado oferecem maior possibilidade de negociação. O comprador deve ter paciência durante a procura para fazer um bom negócio ao comprar um apartamento com renda baixa.

Acumule o valor da entrada

Nem sempre é possível financiar 100% do valor do imóvel. A maioria das linhas de crédito imobiliário exige uma entrada de cerca de 20% do valor do apartamento.

Por isso, é fundamental contar com uma reserva financeira que permita esse pagamento sem entrar em mais dívidas. Ademais, quanto maior o valor da entrada, melhores as condições de financiamento.

Pague todas as dívidas

É impossível realizar um investimento imobiliário quando as suas finanças estão comprometidas. É fato que as despesas se acumularão e formarão a famosa bola de neve.

Uma boa dica antes de fechar o contrato é quitar todas as suas dívidas. Mesmo com baixa renda é possível quitá-las por meio de renegociações que garantam melhores condições, como prazos mais longos e juros menores.

Tenha uma reserva financeira

As prestações da casa própria usualmente comprometem uma boa fatia da renda familiar. Para evitar instabilidades e inseguranças ao comprar o seu apartamento próprio, é interessante começar a poupar desde já.

Assim você já vai se habituar a direcionar uma porcentagem dos rendimentos para o pagamento do apartamento, acostumando-se a viver sem ela.

Poupe para as despesas extras

Muitos compradores conseguem arcar com o valor da entrada e incluem em seu planejamento as parcelas do financiamento, mas se esquecem que existem outras despesas envolvidas na compra de um imóvel.

Taxas de transferência, documentação, seguros obrigatórios, encargos bancários e impostos exigem valores consideráveis e podem comprometer a negociação quando não são previstos pelo comprador.

Recorra aos financiamentos

Poucos são os brasileiros que compram imóveis à vista. O financiamento imobiliário ainda é a modalidade de compra mais acessível e utilizada. Bancos públicos e privados possuem condições que variam de acordo com a renda mensal e o relacionamento bancário do comprador.

Com ou sem entrada, esta pode ser a solução ideal para quem tem uma renda baixa. Porém, é importante analisar todas as taxas, prazos de pagamento, valor das parcelas e entrada mínima antes de optar por um financiamento.

Afinal, se trata de um compromisso de longo prazo, e o comprador deve ter certeza de que conseguirá arcar com os valores ao longo dos anos.

É totalmente possível comprar um apartamento com renda baixa. O grande desafio é controlar os gastos, planejar o futuro e optar por imóveis que correspondam à sua realidade!

E você, já está planejando comprar seu apartamento? Descubra como se candidatar no programa Minha Casa Minha Vida e realizar o seu sonho!