É inegável que conquistar a casa própria é um dos maiores sonhos na vida de qualquer pessoa. Muitas vezes a realidade econômica faz com seja preferível adiar seus planos à espera de melhores condições. O que a maioria não sabe, no entanto, é que o caminho do sucesso passa pela mudança dos hábitos financeiros.
Economizar pode parecer simples, mas requer uma boa dose de planejamento. Cultivar bons hábitos é importante para que seus esforços levem a resultados concretos. Por isso, preparamos este artigo com 10 dicas para você mudar sua vida financeira desde já. Confira!
1. Conheça seus hábitos de consumo
Antes da mudança dos seus hábitos financeiros, a transformação começa pelo autoconhecimento. Procure refletir sobre a forma como você lida com o dinheiro e pergunte a si mesmo o que realmente é importante na sua vida e se vale seu investimento.
Com tais respostas em mente é possível seguir em frente sem medo de errar. Reserve um tempo para conhecer, na prática, os seus hábitos de consumo. Durante um mês, cultive a rotina de tomar nota de todos os gastos.
Procure ser o mais minucioso possível, anotando desde um cafezinho até as maiores despesas. Esse simples exercício será fundamental para ajudar você a realizar o sonho da casa própria.
Daí para a frente, crie um orçamento realista, baseado naquilo que você considera realmente necessário ao cotidiano. Nessa previsão de gastos, elenque as prioridades, ou seja, os pagamentos e compras do mês.
Coloque também as despesas que planeja ter com passeios, farmácia, transporte e as miudezas, como as compras na vendinha perto da sua casa. Com essa programação, vai ficar mais fácil colocar a vida financeira nos eixos, bem como dar a ela a direção pretendida.
2. Abandone de vez as compras por impulso
Hábitos de consumo prejudiciais têm o poder de jogar fortemente contra qualquer esforço voltado à economia. Um desses vilões é a compra por impulso, que desequilibra o orçamento, provoca muito arrependimento e faz extrapolar nos gastos.
Se a sua pergunta é como deixar de comprar, ao se deparar com aquele item desejado há tempos, a resposta é: resista. Caso ele não esteja na programação do mês, não deve ser levado para casa — simples assim.
Um jeito de conter a impulsividade de comprar consiste em se afastar do ambiente de consumo. Dê uma volta, caminhe para longe dali, tire da cabeça o objeto que despertou a sua vontade. Depois, sente-se e faça as contas do impacto da aquisição sobre a sua meta de economizar.
Se, após essas ações, você continuar com intenção de realizar a compra, vá em frente em sua decisão, agora tomada de modo pensado. Caso contrário, tire esse gasto não planejado do radar e prossiga rumo à realização das suas metas de economia e, claro, à conquista do seu apartamento.
3. Elimine gastos desnecessários
Agora você já sabe o que é realmente importante na sua vida, conhece os seus gastos e como lidar com o impulso ligado ao consumo. É chegado o momento de trabalhar com as informações coletadas e colocar em ação os novos hábitos.
Um bom começo para esse movimento no sentido da mudança é eliminar tudo o que for supérfluo. Assim você conseguirá a folga necessária no orçamento, além de praticar os hábitos que vão promover maior saúde às suas finanças.
Nessa etapa, não seja excessivamente rígido nos cortes a ponto de comprometer sua qualidade de vida. Tenha esse cuidado em mente, ao definir o que será eliminado, para evitar se comprometer com sacrifícios impossíveis.
Veja que adotar hábitos de consumo mais baratos pode significar fazer apenas algumas boas trocas. Como substituir as idas ao cinema pelo lazer ao ar livre ou o almoço fora por um lanche preparado em casa.
Outras substituições são deixar de lado a TV por assinatura e usar as plataformas de filmes e seriados, bem como tirar do orçamento a mensalidade da academia e passar a treinar em casa ou no parque.
4. Acabe com as dívidas
Procure liquidar suas dívidas, a fim de aliviar o orçamento e evitar problemas futuros, especialmente se a ideia for financiar parte do valor da casa própria. Nesse período, procure adquirir somente o essencial e priorizar o pagamento à vista.
Dessa maneira, você consegue negociar descontos, além de eliminar juros e parcelamentos desnecessários. Nessa mesma linha, de resolver as pendências existentes e não entrar em outras mais, vale destacar o uso consciente do cartão de crédito.
Quando utilizado dentro do orçamento, de forma programada e somente no limite possível de pagar no vencimento, o cartão mais ajuda do que atrapalha. Porém, sem esses critérios, seu uso arrisca virar uma dívida bastante preocupante.
Só para ter uma ideia, os juros cobrados pelos cartões sobre as dívidas não pagas no vencimento ultrapassam os 271% ao ano. Deu para perceber que acumular débitos nessa modalidade de crédito não é bom negócio, certo?
5. Procure formas de pagamentos adequadas para cada situação
Na hora de passar no caixa, procure saber qual é a melhor forma de pagar pela sua compra. Supermercado e contas do mês, por exemplo, devem ficar de fora dos parcelamentos no cartão. Isso por serem despesas recorrentes, que não devem se acumular — para elas, pagamento à vista, sempre.
Já para comprar artigos necessários e de custo elevado, muitas vezes o parcelamento é a solução. Nesses casos, torna-se fundamental pesquisar e fazer comparações, para descobrir qual a melhor forma de financiamento em cada situação.
Conforme mencionado, o crédito deve ser um benefício, nunca um inimigo. E é plenamente viável ter um saudável relacionamento com as prestações, só é preciso mantê-las dentro daquilo que o orçamento comporta.
Então, na hora de pagar por uma compra parcelada, informe-se sobre o custo total, juros e taxas. Pergunte quanto vai custar dividir o valor no cartão e no crediário e procure estar sempre por dentro dos gastos de usar o cheque especial.
6. Acostume-se a poupar
Colocando em prática as dicas apresentadas nos primeiros itens, você deve ter conseguido uma folga no orçamento. Para conquistar mais rapidamente sua casa própria, é importante cultivar o hábito da educação financeira.
Isso vai ajudá-lo a fazer o dinheiro render e potencializar sua reserva financeira. Lembre-se de que a forma lúcida de usar os seus recursos deve incluir a definição de metas de poupança.
A estratégia consiste em olhar para o orçamento de forma a visualizar, com realismo, os valores que podem ser convertidos em economias. A partir daí, determinar o objetivo de guardar tais quantias regularmente.
7. Coloque o seu dinheiro para trabalhar
O dinheiro que você guarda não pode ficar parado porque está sujeito a desvalorizar, fator que joga contra conquistar a casa própria. Então, nada de deixar suas economias paradas na conta-corrente.
Inclusive, porque essas quantias podem acabar misturadas com o dinheiro destinado às contas e compras do mês. Para evitar a desvalorização monetária, e até mesmo proteger o dinheiro de ser gasto, aplique-o.
Não se limite apenas à caderneta de poupança. Estime o tempo que você quer levar para juntar o valor necessário e estude os tipos de investimentos mais adequados. Com os juros compostos trabalhando a seu favor, será mais fácil alcançar o seu objetivo.
8. Pague primeiro a si mesmo
Aqui vai mais uma dica para preservar as suas economias, pois não são raros os casos em que o poupador consegue economizar uma boa quantia e vê-la sumir. Assim, não adianta apenas juntar, já que, sem o devido cuidado, todo o esforço em guardar dinheiro pode ir por água abaixo.
Basta extrapolar nos gastos durante o mês para ver o dinheiro escorrer pelo ralo. Para não correr esse risco, cultive o hábito de pagar a si mesmo primeiro. Isso significa separar o montante que você definiu como meta de poupança, antes de fazer qualquer outra movimentação com seu dinheiro.
Separada a quantia, dê a ela o melhor destino, que tende a ser uma aplicação de curto ou médio prazo. Esses períodos, não excessivamente longos, são os mais indicados a quem quer concretizar a compra do imóvel próprio sem ter de esperar demais por isso.
9. Tenha uma renda extra
Todos os hábitos financeiros apresentados até aqui giram em torno da redução das despesas. Aliar essa diminuição a uma fonte de ganhos extras é o caminho mais curto entre você e a compra do seu novo apartamento.
Busque, então, uma nova renda para incrementar as entradas de recursos e fazer as economias crescerem. Veja que aumentar os ganhos torna possível, mesmo para quem ainda não dispõe dos recursos necessários, a conquista da casa própria.
Então, com foco em ter logo o seu apartamento próprio, pesquise meios alternativos de ganhar dinheiro. As opções disponíveis são muitas, podendo incluir horas extras no emprego e pegar trabalhos como autônomo na economia colaborativa.
10. Venda o que não utiliza e lucre com isso
Participar na economia colaborativa abre um vasto leque de opções, a exemplo de promover um brechó com tudo aquilo que está parado aí na sua casa. Cada vez mais em alta, objetos de todo tipo têm público certo ao serem ofertados na internet.
Organizar uma venda online dos seus usados não requer muito tempo, nem grande trabalho. Basta você fotografar o que pretende vender e providenciar um anúncio chamativo, seja nas redes sociais ou nos sites especializados em compra e venda.
Vale oferecer roupas, discos, livros, móveis, eletroeletrônicos e o que mais não tiver utilidade para você. O que juntar dessas vendas, guarde na aplicação escolhida, para não gastar.
Adquirindo bons hábitos financeiros você estará no caminho certo para comprar seu primeiro imóvel, mas é preciso começar desde já. Pois, quanto antes você conquistar a casa própria, mais cedo vai poder desfrutar toda satisfação de morar no que é seu.
A partir dessa mudança, alcançar mais estabilidade na vida e poder planejar novos sucessos, como a compra de um segundo imóvel, entre outras tantas possibilidades. Afinal, o futuro mostra maiores alternativas a quem tem uma propriedade.
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