Comprar a casa própria é o sonho de muitos de brasileiros, mas existem algumas questões que geram insegurança e dúvidas em quem se prepara para dar esse importante passo. O que acontece, por exemplo, se você comprar um imóvel e ficar desempregado?
Com um mercado de trabalho tão acirrado e com a crise econômica vivenciada em nosso país, é comum surgir essa dúvida. Ficou curioso e quer aprender quais são as providências que você pode tomar caso isso aconteça com você? Fique atento às informações a seguir!
Programa Minha Casa, Minha Vida: o que fazer se eu comprar um imóvel e ficar desempregado?
Se você está entre os brasileiros que se enquadram nos requisitos do Programa Minha Casa, Minha Vida e pretende financiar um imóvel com tais vantagens, é importante conhecer os passos a serem dados caso fique desempregado e encontre dificuldades de arcar com as parcelas.
Uma informação muito importante mas ainda desconhecida por muitos é que na parcela desse modelo de financiamento já tem embutido um seguro, oferecido pelo Fundo Garantidor de Habitação Popular (FGHab).
Desse modo, caso você fique desempregado ou perca a capacidade de quitar as parcelas, esse seguro poderá cobrir até três mensalidades ou ser prorrogado por até 36 meses. Mas isso não significa que você deixará de pagar tais parcelas, já que esses valores serão incluídos ao custo final do seu financiamento.
Além disso, é importante ressaltar que não podem existir parcelas em aberto ao solicitar o seguro, ou seja, o indivíduo deve acioná-lo logo quando identificar que não conseguirá quitar a mensalidade.
Quais são as opções para as demais modalidades de financiamento?
Caso não seja beneficiário do Programa Minha Casa, Minha Vida, também existem saídas em caso de dificuldade de pagar seu financiamento. Acompanhe:
Acionar o seguro
O primeiro passo é acionar o seguro, caso ele esteja incluso no seu contrato — conhecido como seguro prestamista. De modo geral, ele costuma cobrir o pagamento de até três parcelas e pode ajudá-lo frente a uma situação adversa, como o desemprego ou até redução brusca na renda familiar.
Tentar renegociar com o banco
O diálogo é sempre a melhor opção, não é mesmo? Em um momento tão delicado, é imprescindível buscar um acordo com a instituição financeira, já que até mesmo os bancos sofrem as consequências de uma crise econômica.
Exponha suas dificuldades ao gerente e faça uma proposta que evite que você se torne um inadimplente. Mas é importante ressaltar que o banco não tem esse dever, sendo, portanto, uma faculdade conceder ou não uma renegociação.
Ingressar com uma Ação Revisional de Financiamento Imobiliário
Além das opções apresentadas, é seu direito ter a situação analisada pelo judiciário e pedir uma revisão e redução do valor da parcela, já que a renda também se alterou.
Frisa-se que um perito deve atestar que o valor é incompatível com suas finanças e, portanto, deve ser alterado para que o contrato continue sendo cumprido. Lembrando que o financiamento imobiliário só pode comprometer até 30% da renda familiar.
Utilizar o FGTS
Você sabia que o FGTS pode ser utilizado para quitar sua dívida ou abater parcelas do seu financiamento? Essa pode ser uma saída inteligente, mas não é permitida em qualquer situação, pois a legislação só permite a utilização do FGTS por quem está financiando o seu primeiro imóvel.
Esperar o banco reaver o imóvel
Caso nenhuma das opções sejam suficientes para sanar o problema, é possível aguardar o banco reaver o imóvel e levá-lo a leilão. Nesse caso a dívida será quitada e você poderá receber o saldo que já foi pago.
Como você viu, comprar um imóvel e ficar desempregado é uma situação delicada, mas que pode ser superada. Caso isso aconteça com você, mantenha o controle emocional, analise e identifique a melhor opção para você e conduza a situação de forma estratégica.
Gostou das nossas dicas e quer continuar se informando sobre o assunto? Conheça agora os diferentes tipos de financiamento de imóveis!