11 erros comuns no financiamento imobiliário que você deve evitar

Para a maioria das pessoas, a compra de um imóvel é uma grande conquista pessoal. Entretanto, devido aos altos valores cobrados por uma residência, nem sempre é possível fazer essa aquisição à vista, sendo necessário buscar no mercado uma forma de viabilizar esse investimento. Das diversas opções de crédito, o financiamento imobiliário é uma das mais populares.

Atualmente, é fácil contratar esse tipo de produto financeiro, pois é necessário apenas comprovar que se tem as condições para quitar essa dívida e o montante que permita pagar a entrada da compra. Entretanto, para que a realização do sonho de ter uma casa própria não se transforme em pesadelo, é fundamental ter alguns cuidados para não cometer erros.

Por isso, reunimos os 11 erros mais comuns que uma pessoa comete ao contratar um financiamento imobiliário. Assim, você terá mais segurança na hora de fechar a aquisição de um novo imóvel. Boa leitura!

1. Falta de planejamento financeiro

Independentemente do imóvel que você pretende comprar, é necessário realizar uma operação financeira que envolve muito dinheiro. Mesmo que o objetivo seja por contratar um financiamento imobiliário, é preciso estar ciente que essa aquisição não se baseia em um parcelamento comum, pois será necessário passar vários anos pagando prestações para conseguir quitar totalmente essa dívida.

Por isso, para se ter uma maior segurança ao adquirir um crédito imobiliário, é fundamental desenvolver um planejamento financeiro familiar antes de pensar em fechar negócio. Por meio dele, você terá o conhecimento sobre sua vida financeira para determinar se você terá as condições financeiras necessárias que lhe permitam arcar com esse débito. Afinal, um dos erros mais comuns cometidos pelo comprador é considerar apenas o valor da parcela, de modo a esquecer das demais despesas mensais.

Além disso, é preciso estar ciente que o montante a ser quitado como entrada não costuma ser baixo, o que obriga o futuro comprador fazer um fundo para conseguir quitá-lo. Sendo assim, é fundamental fazer um planejamento financeiro, pois esse é a forma mais simples de conseguir economizar dinheiro e criar essa poupança.

2. Desconhecer as opções de financiamento imobiliário

Como com qualquer produto ou serviços que se deseja adquirir, é possível encontrar no mercado uma grande variedade de instituições financeiras que oferecem o financiamento imobiliário aos seus clientes. Por isso, antes de fechar negócio, é fundamental deixar a preguiça de lado e ir a todos os bancos possíveis em busca de melhores condições de pagamento.

Por se tratar de uma dívida de longo prazo, a qual impactará consideravelmente as suas finanças por vários anos, qualquer ponto percentual a menos a ser pago como juros pode representar uma grande economia. Entretanto, ainda é comum o comprador cometer o erro de não fazer pesquisas e simulações antes de contratar o seu financiamento imobiliário.

3. Assumir parcelas maiores do que pode arcar

Para aprovar o pedido de um financiamento imobiliário, a instituição financeira avaliará se o valor da prestação não comprometerá mais do que 30% da renda familiar do comprador. Essa regra tem como finalidade impedir que o mutuário dedique grande parte de seu faturamento para quitar a dívida, o que eleva a probabilidade de inadimplência.

Entretanto, para conseguir comprar o imóvel dos sonhos, é comum o comprador fazer uma composição de renda com o seu cônjuge para viabilizar um crédito maior. No entanto, é preciso ter cautela nessa operação, principalmente quando apenas um dos participantes será o responsável pelos pagamentos.

Afinal, apesar de existir a percepção de conseguir pagar o valor parcela, o comprador esquece que ele tem outras despesas. Esse é um dos principais motivos para se ter um planejamento financeiro, pois essa ferramenta permite se ter as informações para determinar o quanto do orçamento mensal poderá ser usado para pagar as prestações do crédito imobiliário.

4. Não conhecer todos os custos da compra

Um erro bastante comum, principalmente entre as pessoas que desejam comprar o seu primeiro imóvel, é acreditar que o único custo dessa operação é o valor de compra da residência. Entretanto, para conseguir fazer a transferência de propriedade do bem, é necessário quitar algumas taxas cartoriais, a emissão de certidões e as despesas com encargos, os quais podem encarecem em até 8% o investimento.

Para quem for contratar um financiamento imobiliário, é preciso conhecer os custos para a sua liberação. A fim de conseguir receber esse crédito, será preciso pagar a taxa de vistoria e o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis — o famoso ITBI.

Como é normal as pessoas não buscarem por todas as informações antes de contratar um crédito imobiliário, é bastante comum elas se complicarem por não fazer um planejamento financeiro que lhe permitam quitar essas despesas. Quando isso acontece, uma solução é a aquisição de um novo empréstimo para conseguir pagar esses gastos, o que pode prejudicar ainda mais o orçamento familiar.

5. Não ler o contrato

Tão importante quanto fazer um bom planejamento financeiro, é fundamental ler atentamente o contrato para conseguir tirar melhor proveito do financiamento imobiliário. É nesse documento que são informadas todas as regras desse acordo, assim como os direitos e deveres das partes envolvidas. Assim, é possível conhecer todas as taxas aplicadas na dívida.

Por isso, caso surjam dúvidas, é fundamental contar com o suporte de um advogado especialista no direito imobiliário. Devido ao seu conhecimento, esse profissional conseguirá descobrir, com mais facilidade, a existência de cláusulas abusivas. Apesar de o mutuário poder entrar na justiça caso ele se sinta prejudicado, a correta leitura do contrato pode evitar esses problemas e o surgimento de sérias dores de cabeça.

6. Demora na entrega da documentação

Devido ao alto valor envolvido na aquisição de uma residência, para que a instituição financeira tenha mais segurança e possa liberar o crédito imobiliário, é natural que exista uma série de processos burocráticos. Somente assim, o banco conseguirá ter as informações necessárias para conseguir determinar os riscos envolvidos nessa negociação.

Para isso, é exigida uma série de documentos das partes envolvidas na venda e do imóvel. Caso ocorra o atraso na entrega dessa documentação, consequentemente ocorrerá uma demora na liberação do crédito, o que pode provocar muitos problemas. Já que, caso o bem tenha um dono, esse retardo pode levar o vendedor a desistir do negócio ou a encontrar um outro comprador.

É preciso estar ciente que muitas das certidões exigidas apresentam prazo de validade. Assim, caso ocorra uma demora na entrega desses documentos, existe o risco de que eles expirem. De modo a gerar prejuízo por obrigar o comprador emitir novamente esses certificados.

7. Não conferir a documentação do imóvel

Caso o imóvel a ser negociado é usado, é muito importante verificar as condições legais desse bem. Para isso, procure saber se a residência está atrelada a alguma dívida, se a documentação está em dia e se existe qualquer débito relativo a tributos e taxas condominiais. O comprador deve estar ciente de que a instituição financeira considerará todos esses fatores antes de aprovar o financiamento.

Dessa forma, caso fique confirmado a existência de qualquer pendência, o banco perceberá que essa compra envolve maiores risco e, consequentemente, não concederá o crédito imobiliário até que a situação do imóvel seja regularizada. Assim, para que a aprovação do financiamento ocorra dentro do prazo estipulado, é preciso verificar a documentação do bem antes de entregá-la a financeira.

8. Esconder as informações da dívida ativa

Em muitos casos, para não perder a oportunidade de financiar a aquisição de um imóvel, é comum o comprador omitir a existência de dívidas ativas. Entretanto, as instituições financeiras têm meios para descobrir esse tipo de informação. Mesmo que o requerente não tenha restrições de crédito, é fundamental informar esses débitos ao banco.

Para economizar tempo ao fazer o pedido de aprovação de crédito, é preciso verificar junto à instituição financeira os possíveis impedimentos e, caso seja necessário, regularizar a sua situação. Já que, na maioria das instituições, é comum negar a liberação do financiamento às pessoas que tenham dívida ativa e o seu nome cadastrado em órgãos de proteção ao crédito.

9. Não conhecer a empresa

É inegável que a compra de um imóvel na planta proporciona várias boas oportunidades de negócio. No entanto, ao financiar essa aquisição, é fundamental ter alguns cuidados para diminuir os riscos envolvidos nesse investimento. Afinal, por se tratar da aquisição de uma promessa, é preciso descobrir se a construtora apresenta condições de cumprir a sua parte do acordo.

Por isso, é fundamental conhecer a empresa e confiar apenas naquelas que tenham uma boa reputação no mercado. Para evitar possíveis dores de cabeça no futuro, é preciso ter o trabalho de procurar e analisar o histórico dessa construtora.

O primeiro passo é descobrir a qualidade dos empreendimentos entregues por essa companhia. Para isso, converse com os moradores de unidades já concluídas e, se possível, faça visitas ao local. Também verifique como é o atendimento prestado pela empresa, se ela dá todo o suporte necessário e descubra as condições da garantia fornecida ao imóvel.

Procure junto a órgão de proteção ao consumidor, como o PROCON e o Reclame Aqui, a existência de reclamações. Caso fique constatado alguma reivindicação, analise a postura e o atendimento da empresa. Além disso, busque saber como anda a situação financeira da construtora e se ela tem cumprido o prazo de entrega de outros empreendimentos.

10. Negligenciar a vistoria do imóvel

Tão importante quanto fazer um bom planejamento financeiro, é fundamental ter a certeza de que se escolheu uma boa residência. Já que, pelo fato do financiamento imobiliário ser um compromisso de longo prazo, é necessário avaliar corretamente todos os aspectos envolvidos nesse investimento. Além disso, caso o comprador se arrependa do imóvel, não é tão simples fazer uma troca.

Para diminuir os riscos dessa compra, é preciso visitar o imóvel várias vezes. De preferência, em horários e dias da semana que sejam distintos. Isso permite ao futuro morador descobrir como será o ambiente da vizinhança e se ele conseguirá se adaptar ao novo lar.

Durante o processo de aprovação do pedido de financiamento imobiliário, a instituição financeira exige a realização de uma vistoria. Será por meio dela que o banco descobrirá quais são as reais condições do imóvel e se será necessário a realização de investimentos em reforma e em manutenção.

Caso o comprador tenha adquirido um imóvel na planta, é preciso que ele realize diversas visitas na obra para avaliar se a construção está ocorrendo de acordo com o planejado. Caso fique constatado que a construtora não está cumprindo com o prometido, é possível que haja o distrato do contrato.

11. Tomar uma decisão impulsiva ou emocional

Como é possível perceber, é preciso ter muita segurança e certeza antes de fazer a contratação de um financiamento imobiliário. Como essa dívida impactará a vida financeira de um comprador durante vários anos, é necessário que ele tenha embasamento para realizar a sua decisão.

No entanto, é comum, ainda mais quando se deseja adquirir o primeiro imóvel, a pessoa deixar o bom senso de lado e realizar uma compra levada pela emoção e por impulsos. Quando isso acontece, aumentam-se as chances do adquirente realizar um péssimo negócio, o qual terá grande chance de se arrepender no futuro.

Para evitar situações como essa, é primordial que o comprador controle as suas emoções e o seu impulso para poder ser mais racional em suas avaliações. Caso ele seja inexperiente e não conheça o mercado imobiliário, uma boa dica é contar com o suporte de uma pessoa de confiança, a qual pode ser um corretor, que possa dar opiniões imparciais.

A compra de um novo imóvel é, para a maioria das pessoas, uma grande conquista. Por isso, é preciso ter a certeza de que se está fazendo um bom negócio, principalmente quando há a necessidade de buscar um financiamento imobiliário para viabilizar esse investimento.

Sendo assim, é preciso tomar vários cuidados para não cometer alguns erros banais, como se comprometer com uma dívida maior do que consegue pagar, escolher uma péssima residência ou ser precipitado em suas escolhas.

Espero que este artigo tenha sido útil para você. Caso você deseja saber mais sobre financiamento imobiliário ou receber mais informações relacionadas à compra de um imóvel, assine nossa newsletter. Dessa forma, você receberá, em primeira mão, os artigos mais recentes de nosso blog. Até a próxima!